Meio vivo, meio morto, Meio torto, meio reto. |
E amores não correspondidos,
Findam em sentimentos reprimidos.
Sinto-me como soldado em guerra,
Rastejante pela terra,
Tentando encontrar fogo amigo.
Noites sem sono,
Tendo por companhia o abandono
E querendo estar contigo.
-O que fiz de errado?
-Sou eu o culpado?
Questiono, inquieto.
O choro me banha o rosto.
Meio vivo, meio morto,
Meio torto, meio reto.
Me sinto cambaleando,
Caminhando rumo ao mar.
Sou combatente ferido,
Preciso me curar.
E fujo, sem alarido.
Enxergo na imensidão
Um azul intenso
E meu corpo denso
Começa a flutuar.
-Chegou-me a morte?
-Perdi o norte?
Não, é apenas delírio,
Invenção de um martírio
Que não trata de passar.
Mas há de chegar o dia
Em que o sol nasça à frente,
Soprando na fronte brisa macia
E trazendo ao peito calor ardente.
Peço que leve embora esse mundo escuro,
Esse sentimento impuro.
E que me permita novamente
Fazer planos pro futuro.”
(Luiz Alberto Gomes Jr.)
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